Que mulher não sabe que deve se valorizar?
Todas nós sabemos que devemos nos amar, nos cuidar e nos respeitar. O problema não é a falta de conhecimento; é que, muitas vezes, não sabemos como fazer isso. Dizemos que nos valorizamos, mas nossas atitudes muitas vezes se contradizem.
Entramos de um relacionamento tóxico para outro, justificando o injustificável por medo de ficar sozinhas. Queremos emagrecer “só mais um pouco”, mesmo já estando bem. Mudamos o visual achando que algo dentro de nós também vai mudar: cortamos o cabelo e depois sentimos falta do comprimento; colocamos alongamentos para recuperar o que tiramos.
Lavamos o cabelo porque está oleoso, depois passamos óleo porque está seco. Passamos base para cobrir a cor natural da pele e, depois, blush para não parecer pálida e “recuperar” o natural. Alisamos o cabelo para deixá-lo liso… e depois fazemos ondas para dar volume.
Dizemos que queremos ser naturais, mas usamos filtros.
Dizemos que nos aceitamos, mas nos comparamos.
Dizemos que nos amamos, mas falamos mal de nós mesmas diante do espelho.
Muitas vezes parece até brincadeira.
Buscamos incansavelmente ser aceitas por todos, achando que nos arrumar um pouco mais vai aumentar o nosso valor. Mas não é assim: nosso valor não depende de pessoas, circunstâncias, posses, nem muito menos do físico.
E aqui entra o mais profundo: valorizar-se é um processo espiritual.
Saber que devemos nos valorizar não basta; precisamos que Deus revele ao nosso coração o verdadeiro valor que temos como mulheres. Não importa o quanto os outros digam que somos valiosas; se não sentimos isso por dentro, continuaremos vivendo em contradição.
Nosso valor vem daquilo que foi pago por um preço altíssimo: a nossa alma.
A alma é o que temos de mais valioso. Muitas vezes, focamos tanto em procurar esse valor fora de nós que entramos em um ciclo vicioso sem fim. Nosso valor está dentro, e é nisso que devemos investir incansavelmente, mantendo uma comunhão constante com Deus.
“E que o adorno de vocês não seja o exterior — como penteados exagerados, joias de ouro ou roupas finas —, mas o interior do coração, com o ornamento incorruptível de um espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor diante de Deus.”
— 1 Pedro 3:3–4

